“Mergulho com Design”

A piscina exerce um importante papel no paisagismo externo e contribui diretamente com o olhar dos expectadores da paisagem, também pela parte interna da edificação. É uma área que deve ser tratada pelo paisagista, num escopo detalhado pelo “Projeto de Paisagismo”, definindo a sua forma, e outros tantos aspectos para um bom desenho, em harmonia com a geometria de outras formas adjacentes à sua estrutura e à massa verde planejada para esse cenário.

A sua integração com área destinada a uma hidro spa, por exemplo, ou a definição também da sua composição com uma borda infinita observando uma bela paisagem, ou ainda uma frente de vidro para um modelo numa cobertura, são alguns dos recursos de integração com o paisagismo para essa agradável área de reunião.

Alguns recursos no desenho da piscina poderão garantir o aumento visual da área do espelhamento d’água, se destinarmos a área de “solarium” para o formato de um deck molhado, para espreguiçadeiras: a piscina vai parecer maior...

A área da piscina permite até tudo isso junto, mas tem que ser tudo muito bem misturado, como numa grande tela de pintura, entre formas, cores e texturas.

A definição do revestimento da piscina pelo paisagista, possibilita a adequação da sua forma ao melhor material para a sua execução e também o melhor resultado visual para essa composição, podendo também definir as áreas de jardineiras de acordo com as espécies desejadas e suas necessidades de área de plantio e volume de terra adequados, por exemplo.

O projeto de uma área da piscina deve estabelecer o conceito de um ambiente, aberto, agradável em todos os seus detalhes para o conforto visual, além de despertar no observador a admiração pela paisagem para o seu relaxamento; definindo as áreas de exposição ao sol (“solarium”), o tipo de mobiliário e estilo/material desejado, e também os acessórios, como ombrelones e caramanchões, que poderão acentuar o clima de total relaxamento: um oásis para o frescor dos dias quentes.

A área da ducha da piscina, deverá ficar próxima à água e deverá ser tratada de forma cuidadosa, para não parecer um chuveiro de banheiro, exposto ao tempo. É indispensável prever no projeto um banheiro completo, exclusivo, próximo à área, para evitar o trânsito entre as áreas iexterna e interna da edificação.

A área da piscina é sempre admirada por todos, e pode ainda agregar à sua composição alguns esguichos d’água e cascatas, alguns elementos decorativos como pontes, áreas de repouso como ilhas com arvoretas ou coqueiros ou palmeiras.

Além de todas essas necessidades e possibilidades, um bom projeto de piscina não pode esquecer do importante papel que a iluminação exerce para o seu total destaque, desde o fim da tarde até um evento à noite, à beira d’água.

Seu posicionamento já deve ser considerado desde o momento da implantação da edificação, e deverá atender primeiramente à melhor insolação possível, com a área de “solarium” voltada para o norte, sem interferências de sombras, para o maior aproveitamento do dia de sol.

Os pontos de interesse da área interna, uma vez voltados para a área da piscina, complementam a ambientação e poderão até mesmo interagir fisicamente entre si.

O “solarium” deve ser executado em material atérmico, para que a sua superfície não aqueça com a incidência solar, e deve também ter características anti-derrapante: o equilíbrio dessas duas necessidades garantirá a permanência e circulação dos usuários com conforto e segurança.

São vários os materiais que podem ser empregados para a especificação de um “solarium”. Se preferir um “deck tradicional”, uma boa opção é a madeira ecológica, “ambientalmente correta”: composto de madeira com fragmentos de PVC, com características térmicas satisfatórias à exposição do sol forte, com várias cores disponíveis, e com aparência final de um deck de madeira pintado com pequenas variações de tonalidade de régua pra régua. O seu suporte pode ser apoiado sobre um piso existente ou sobre o terreno compactado, sobrepondo ao caimento sinuoso da drenagem do sub piso, marcado para os ralos. A sua estrutura, pode até ser em aço galvanizado com altura mínima de 15cm; é um material que não exige manutenção, não sendo necessários lixamentos e pintura, e nem preocupações com insetos e pragas dentro do material.

Pedras atérmicas são uma excelente opção, porém exigem um assentamento padrão sobre uma laje ou base para colagem; podendo também serem fixadas em estrutura elevada sobre a superfície drenante de captação.

A composição de micro seixos, juntamente com resina acrílica, confere ao piso uma superfície tátil que lembra a caminhada sobre a areia, à beira de um rio; além da grande capacidade drenante de toda a sua superfície. A aplicação é bem simples e rápida: sobre o piso com caimentos e ralos, os ralos são protegidos por uma manta de nylon microperfurada e em seguida, a composição dos micro seixos misturados à resina acrílica incolor é despejada. como numa cobertura de um bolo, por exemplo. A acomodação da massa acontece de forma equilibrada, ocupando apenas 2cm de altura e a única preocupação é definir os tipos de arremates limítrofes à área, que contenham a massa acrílica despejada durante a sua execução.

Vamos mergulhar?