“Espelho, Espelho Meu!”

Por que Narciso acha feio, o que não é espelho?

Escrito por
Alexandre Bianco
Fotos:
Divulgação
“Um olhar sobre a perspectiva e o destaque dos ambientes a partir das superfícies reflexivas; por Alexandre Bianco, arquiteto proprietário da BIANCO ARQUITETURA & design”.

Um espelho garante a reflexão do melhor ângulo do seu ambiente ou, até mesmo, a reprodução daquilo que não se vê; ampliando espaços e trazendo para quem observa, uma perspectiva diferenciada.

Tudo isso depende não só do seu  formato, mas também da sua forma e do seu correto posicionamento.

Reproduzir o melhor do seu ambiente, é ir muito além do que definir a moldura mais adequada ou destacá-lo como adorno na composição de uma parede. 

A escolha do local para a sua fixação é importante, mas não podemos esquecer que, ele não deve refletir uma paisagem ou uma parte do seu ambiente sem expressão: o espelho existe para destacar, para surpreender o olhar mais atento!

Um espelho deve sim,  trazer para perto, apenas aquilo que realmente merece atenção e não somente o rosto de quem aprecia.

Os materiais para o retrato inverso da imagem são os mais variados e, a sutil imagem de uma superfície vitrificada já pode fazer do ambiente um lugar mais amplo, de grande efeito; e se o vidro for pintado, o efeito será ainda maior. 

Basta ter o reflexo e o espelhamento sutil, que a explosão de luz acontece, contribuindo para a ampliação do espaço. 

Espelhos côncavos e convexos, para usos exclusivos, quase cenográficos; também podem ser o destaque do ambiente, explodindo imagens na sua observação. 

As formas são as mais diversas: com molduras para todos os estilos ou sem molduras, circulares, orgânicos, fixados às paredes, apoiados sobre o mobiliário, ou de forma bem despojada, apoiado diretamente no piso: todos para trazer um olhar inusitado para aqueles que estão à sua frente...

Então, que tal olhar a fundo pra essa imagem, e ver realmente o que ela deseja mostrar?

Nesse Hall de Elevadores, projetado pela "BIANCO Arquitetura & design", o “Espelho Cuiabá”, de Sérgio Rodrigues tem grande destaque na composição à frente das portas dos elevadores, refletindo o revestimento vinílico da alvenaria.
Na foto do Jardim Botânico, de Lilian Guzella, optei pelo vidro padrão, sem me preocupar com o reflexo, jáque a intenção era espelhar sutilmente a iluminação de todo o ambiente.
Na “foto da foto”, do click de Lilian Guzella, o rigor para evitar os reflexos já foi maior na escolha do vidro, para a sua composição.
Nesse projeto da "BIANCO ARQUITETURA & design", o "Espelho Cuiabá" de Sérgio Rodrigues (no eixo do ambiente, à esquerda) funcionou como elemento de conexão entre os setores desse ambiente complexo, pelo seu perímetro, com tantas inclinações. Foto: Gustavo Xavier
Nesse espelho contemporâneo, orgânico, a inserção da imagem anterior teve uma enorme contribuição.
O mesmo espelho, do nosso ambiente, visto mais afastado: a imagem refletida muda, durante a caminhada,mostrando uma imagem dinâmica no seu espelhamento, revelando aos poucos outros trechos do ambiente,não percebidos inicialmente. A utilização de espelhos em paredes inclinadas, possibilita esse tipo de resultado.
“Arq Design Brassaroto”, na “Mostra Artefacto 2024”, utilizou uma superfície convexa espelhada, para revelar trechos do seu ambiente.
Um espelho circular, convexo, marcado pela moldura dourada, definindo uma época para o detalhe do dècor.
Contemporaneidade numa composição de imagens distorcidas, do próprio ambiente, refletidas nas calotas espelhadas.
A “BIANCO Arquitetura & design” despojou nesse projeto, ao posicionar o espelho com moldura em dois tons, por trás da estrutura do aparador e apoiado diretamente no piso. O Hall dessa parte íntima da casa pedia maior amplitude, na estreita galeria, no momento da chegada.
Espelho sobre espelho, na penteadeira desse quarto projetado pela “BIANCO Arquitetura & design” para uma estilista de moda.
No espelho menor, a imagem ampliada para o detalhe da maquiagem.
Nesse quarto, quase um loft, me preocupei com a mobilidade do espelho, para o momento de vestir. Com linguagem industrial no seu design, assinado por Ramon Zancanaro, o espelho circula com suavidade por todo o quarto, devido às suas grandes rodas emborrachadas. Possui giro total de 360º, e revela aos poucos, a todos que entram no quarto, o políptico de Guilherme Gafi, que preenche de forma envolvente toda a parte superior da cabeceira da cama. Foto: Gustavo Xavier
E por um outro ângulo, a imagem refletida no espelho é percebida de outra forma. Foto: Gustavo Xavier

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