Entrevista com o empresário Sérgio Costa e Silva e presidente do Conselho de Cultura da ACRJ

Escrito por
Chico Vartulli
Fotos:
Arquivo Pessoal / Divulgação
Sérgio Costa e Silva em evento de sua coordenação

Entrevista com Sergio da Costa e Silva, carioca, empresário, presidente do Conselho de Cultura da Associação Comercial do Rio de Janeiro, ocupante de relevantes cargos em empresas e na Administração Pública brasileira, criador e Diretor de Música no Museu e do festival internacional de harpas que do Brasil varou fronteiras.

Olá Sergio, como estão os preparativos para o XIX Rio Harp Festival?

Já estamos em plena atividade, passados os 7 primeiros dias e prenunciando um grande êxito porque os concertos lotados, excelente repercussão de mídia e uma animação muito grande dos harpistas desde os que já se apresentaram como também aqueles que estão por chegar. O Rio de Janeiro é um grande atrativo para os músicos estrangeiros e também para os brasileiros de outros estados. Aliás a demanda de harpistas e do público foi tão grande que faremos o XIX RioHarpFestival em duas etapas, julho (nos espaços mais emblemáticos da cidade) e em setembro no CCBB além de São Paulo ( VIII SPHarpFestival na Arena B-3) e em Brasilia (II BsbHarpFestival).

Quais são as novidades do XIX RioHarpFestival em relação aos anos anteriores?

A grande homenagem à Africa com a harpista Kobie de Plessis (Africa do Sul) abrindo o evento na Igreja N.Sa.do Carmo (antiga Sé) com a Camerata do Uerê (Comunidade da Maré) e o encerramento dia 31 de julho no plenário do Palacio Tiradentes com Vozes da África e e as harpas africanas kora e kamale N´Goni.

Fora disto concertos com harpistas representando 22 países no decorrer do mês tocando em vários tipos de harpas e sons que vão desde o  barroco e clássicos aos modernos como jazz, rock nos espaços mais emblemáticos do Rio de Janeiro como o Sesc,  Real Gabinete Português de Leitura, Igrejas da Candelária , N.Sa. do Carmo (antiga Sé)  Biblioteca Nacional, CCBB, Forte de Copacabana, CC Justiça Federal, Museu da Justiça, Museu da República, ABL-Academia Brasileira de Letras, Corcovado, Jockey Club, Palácio Tiradentes,  Palácio São Clemente-Consulado de Portugal.

Importante ressaltar, mais uma vez, que o festival terá edições em Brasília (II BsbHarpFestival) e São Paulo  (VIII SPHarpFestival)  e na versão europeia/Caribe, entre julho e outubro 2024, em 15 cidades de 7 países (Portugal- Lisboa, Gremio Literário, Sintra- Lawrence´s hotel,  Porto e na Ilha da Madeira- Palacio de São Lourenço-Funchal)  Espanha (Casa do Brasil), França (Chateau de Cancerilles, Ille de Porquerolles,e na Journées Internacionales de la Harpe dans le Caribe et Guyane (Martinica et Guadalupe , Bélgica (Bruxelas e Brugge), Croácia (Zagreb), Itália (Basilica di San Maurizio- Pinerolo) e Áustria (no Tirol)) na sequência de eventos realizados em outros anos.

Por que você escolheu a harpa para ser o instrumento dos seus festivais?

Música no Museu-Patrimonio Cultural Imaterial do Estado e Cidade do Rio de Janeiro- que há 27 anos ininterruptos realiza concertos gratuitos, tem a sua temporada anual, de janeiro a dezembro, dividida pelas estações (Concertos de Verão, Outono, Inverno, Primavera) e também Natal em dezembro. E a cada mês privilegia um tema (normalmente relacionado a um fato importante ¨200 anos da independência¨, ¨100 anos da Semana de 22¨, ¨30 anos da Rio92¨, datas redondas dos compositores 250 anos de Beethoven¨ com musicas pertinentes à época) ou naipes (sopros- RioWindsFestival, pianos, percussão, cordas, voz etc) e aí um mês dedicado à harpas, um festival que inseriu o Brasil no roteiro mundial da harpa, agora já na sua 19ª versão.

Julho inicia o famoso festival de harpas, com os melhores instrumentistas do mundo presentes.

Quais são os principais centros de referencia mundial da harpa? E quais são os harpistas desses centros que estarão no seu festival?

França, Espanha, Croácia, Estados Unidos, China, México, Irlanda-a harpa é o seu símbolo nacional- Japão, Holanda, Canadá são países que realizam importantes festivais durante o ano. E já participaram das versões anteriores do RioHarpFestival, dentre muitos outros,  os seus harpistas mais importantes: Catherine Michel, Emmanuel Ceyson, Isabelle Perrin, Marielle Nordman, Claire LeFur (França)

Andreas Mildner, Florence Sitruk, Silke Aichhorn, Andreas Mildner (Alemanha) Andres Izmaylov, Alexander Boldachev, Anna Verkholantseva (Russia), Baltazar Juarez (México), Maria Rosa Calvo y Manzano (Espanha),Andrew Lawrence King (Inglaterra), Ernestine Stoop (Holanda), Erik Ask-Upmark (Suecia), Mario Falcao, Ana Paula Miranda, Aurea Guerner (Portugal), Nathalie Chatelain (Suiça), Angela Madjarova (Bulgaria),Jana Bouskova (República Tcheca), Elena Zanziboni, Enrico Euron, Augusta Giraldi (Italia), Carolyn Lund, Elizabeth Remy Johnson, Marta Power Luce, Ecos Latinos-New Orleans-, (Estados Unidos), Athy, Maria Luiza Forero  (Argentina), Ádan Vasquez (República Dominicana).

Neste ano teremos Baltazar Juarez (Mexico), Claire Le Fur e les Alises (França), Ecos Latinos (Estados Unidos), Ádan Vasquez,(República Dominicana) entre vários outros.

Em nosso país há boas escolas de formação de harpistas? Quais são?

Ainda são muito poucas devido a falta de professores de harpas,  complexidade e ao alto custo de uma harpa e (cerca de U$50 mil com os impostos) e sua complicada logística de transporte e também alto custo de cordas de tripa de carneiro. Assim sòmente as grandes orquestras é que dispõe de harpas e as das escolas de musica são sempre usadas e muito antigas. Este é um dos impedimentos do aumento do número de  harpistas no Brasil mas que o nosso RioHarpFestival procura enfrentar estes desafios  estimulando a procura pelo instrumento e pelo o ensino de harpa no país

No Brasil há uma tradição de bons harpistas? Se sim, poderia informá-los?

Há uma tradição de bons harpistas iniciando-se com Lea Back, depois Maria Celia Machado e uma série de cerca de 100 harpistas em todo o Brasil (falamos da harpa clássica) não mais do que isto e quase todos eles já tocaram no RioHarpFestival. Já  as harpas paraguaias e sul-americansa são em grande quantidade e  muito presentes nos estados do sul e, principalmente, no centro-oeste.Em nosso país há boas escolas de formação de harpistas? Quais são?

Ainda são muito poucas devido a falta de professores de harpas,  complexidade e ao alto custo de uma harpa e (cerca de U$50 mil com os impostos) e sua complicada logística de transporte e também alto custo de cordas de tripa de carneiro. Assim sòmente as grandes orquestras é que dispõe de harpas e as das escolas de musica são sempre usadas e muito antigas. Este é um dos impedimentos do aumento do número de  harpistas no Brasil mas que o nosso RioHarpFestival procura enfrentar estes desafios  estimulando a procura pelo instrumento e pelo o ensino de harpa no país

No Brasil existe uma política governamental voltada para a música erudita?

Um projeto de iniciativa do então Senador Saturnino Braga voltando o ensino obrigatório da música nas escolas apesar de aprovado no Congresso, aguarda há mais de 10 anos a sua regulamentação. Seria uma forma de ampliar o acesso a esta música de qualidade mas está parado e deveria nortear a politica governamental para a música clássica.

Quais são os seus projetos futuros para o RioHarpFestival ?

Dar continuidade na sua realização hoje o maior do mundo e como já há dois anos, além do Rio, São Paulo e Brasilia, também em cidades no exterior na sua versão europeia.

Em 2024, de julho a outubro realizando mais de 100 concertos, ampliamos a sua repercussão no panorama cultural  mundial.

E esperamos patrocinios para que possamos realizar em 2025 o XX RioHarpFestival e seus desdobramentos.

Música no Museu uma programação dirigida por Sérgio Costa e Silva, muitos anos sobre sua responsabilidade.

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