“A conexão da edificação com o meio externo"

Escrito por
Alexandre Bianco
Fotos:
Arquivo Pessoal
O ambiente coletivo das edificações e suas relações com o usuário: uma análise de Alexandre Bianco, arquiteto, proprietário da “BIANCO ARQUITETURA & design”.

A edificação coletiva busca a personalização do espaço comum, como condição de identidade visual para a atração do seu público alvo.

O bem-estar do usuário, sempre foi o foco explorado por arquitetos, designers e paisagistas, nos projetos de edificações, para diversos fins.

Hotéis, shoppings e até grandes hospitais, qualificam a arquitetura, assim como os interiores e o paisagismo, de acordo com o perfil de interesses e necessidades dos seus usuários.

Um projeto público, comercial, exige atualização constante nos escopos de planejamento de arquitetura e de seus projetos complementares, que buscam cada vez mais, na iluminação natural, a desejada conexão com o meio externo, propiciando a exuberância do paisagismo interno.

Como consequência imediata, a carga energética para o condicionamento artificial das áreas, exige um maior controle na qualificação técnica de vários materiais, principalmente na especificação do tipo de vidro a ser utilizado nas esquadrias; para reduzir o desconforto térmico causado pela insolação em claraboias e, nas grandes superfícies envidraçadas das fachadas.

O paisagismo então, começou a agir, ao longo dos anos, cada vez mais, como um elemento visual de projeto, condicionante para a conexão do meio interno ao meio externo, destacando grandes átrios, malls e praças para a concentração de público.

Observarmos esse tipo de investimento, na qualidade diferenciada do projeto do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo; onde o seu átrio central pode ser confundido com o átrio de um hotel ou mesmo com o mall vertical de um shopping.

Na atualidade, a arquitetura, cada vez mais, assume a função de abraçar o usuário, e ao mesmo tempo manter a sua relação com o “tempo lá de fora”, diferentemente do passado, quando o espaço interno era planejado baseado na objetividade da sua função.

Desta forma, antes, num shopping, por exemplo, o cliente deveria permanecer o maior tempo possível, quase totalmente desconectado da luz do dia, para não perceber o tempo de permanência na edificação e, com isso, favorecer o consumo nas lojas.

Assim também, os hospitais, contavam com a exatidão dos espaços físicos para o cumprimento dos seus protocolos, e com isso, estabeleciam as menores distâncias para o deslocamento dos usuários, e consequentemente, um menor custo de investimento.

Mas com o tempo, as áreas de permanência prolongada, para espera nos ambientes hospitalares, ganharam espaços de conexão externa, muito longe das antigas salas e corredores iluminados artificialmente, enfatizando o hospital, como shopping para a nossa saúde...

As redes hoteleiras também traziam em seus lobbies, o destaque do ambiente interno e, se limitavam às suas vidraças, que ao longo do tempo foram descortinadas, e cada vez mais, com a utilização de claraboias e grandes planos envidraçados, hoje, trazem a luz do sol para os seus ambientes internos, até mesmo para os Centros de Convenções, que foram quase sempre, tratados como ambientes fechados para o meio externo.

Viva a luz, de fora pra dentro!

O acesso ao Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo: Hotelaria com design de Shopping?
O espaço central do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.
O jardim central do Hospital Israelita Albert Einstein.
O espaço interno do VillageMall, totalmente integrado ao meio externo.
Comunicação vertical entre os níveis, e a grande claraboia que se desenvolve ao longo de todo o VillageMall.
O paisagismo de bambus, garantido pela grande luminosidade do VillageMall, na Barra da Tijuca.
Continuidade da luz natural da claraboia, ao longo do mall, no VillageMall.
Transparências na fachada voltada para o lobby vertical do J.W. Marriott Copacabana.
A primeira claraboia do átrio, localizada no nível superior da cobertura, garante a luminosidade para as janelas e sacadas dos quartos, voltadas para o vão central do lobby.
O grande vão central da fachada, envidraçado, destaca a paisagem da praia de Copacabana, percebida pelas janelas e sacadas internas dos quartos, ao longo do vão central do átrio.
A segunda claraboia do átrio, localizada no nível do  embasamento, no teto do lobby, garante a luminosidade interna do ambiente social de convívio de hóspedes e visitantes do hotel, desde a entrada.
O lobby do J.W. Marriott Copacabana, com dècor clássicoe a grande vidraça para a praia de Copacabana.
O ambiente do lobby do J.W. Marriott Copacabana.

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